Estava eu organizando o armário quando, como sempre, encontro coisas que nem recordava mais da existência (deve haver uma fenda espaço-temporal lá dentro, porque encontrei "fósseis" de quando morava em São Paulo, há 8 anos JUHDSU). Entre elas, uma que gostaria de compartilhar com vocês. Uma poesia que fiz há 3 anos, para competir num concurso cultural do meu colégio. O tema era "Sonhos", mas eu não quis ser muito óbvia. Eu gosto muito de ler livros, escrever, e sem querer me vangloriar, acho meus textos muito bons (obrigada, redação de 900 pontos que me salvou no Enem EOEO). Adoro ler um texto ou poema em voz alta também, acho que sou bem articulada >< geralmente me elogiam por isso. Isso contou pontos na competição, também.
Aqui, o texto:
Capitalismo Aparente
Por que reclama do que não tem?
Por acaso não é o suficiente?
Come, dorme, mente
E continua a viver o insolente
Em sua mordomia inconsciente
Em devaneios nos achamos independentes
O mundo diminui lentamente
A vida só dura um instante
Tão frágil, injusta, envolvente
Entre tantas outras no horizonte
Pense, pense! Dilacere sua mente
Consumidor cego num ciclo viciante
Não há diferença entre o imprudente e o ignorante
Você é o que você veste
Sua autonomia não te pertence, pertence aos importantes
Seus olhos abrem, de repente
Posso ver seus lábios hesitantes
Veja a corrupção em cada detalhe
O dinheiro não dura para sempre
O sistema te persegue, mas siga adiante
Com essa poesia, ganhei o primeiro lugar do concurso. Havia vários participantes, o que me deixou surpresa (não só por ter ganho de tanta gente, mas por ver que muitas pessoas ainda valorizam essa arte).
Como prêmio, recebi uma medalha e a edição especial desse livro lindo: "A Imperatriz dos Etéreos". Infelizmente, não é tão conhecido no Brasil, mas a história vale muito a pena. Além de abordar um ambiente bem incomum, é o tipo de história que faz o leitor se importar com os personagens, querendo sempre saber o que vai ocorrer em seguida. Há partes totalmente imprevisíveis, o que torna a leitura muito prazerosa também. O final, então, muito, muito bom, me deixou de queixo caído! É impossível fazer deduções, algo impressionante sempre acontece quando menos se espera.
Vou deixar uma sinopse para vocês:
Bipa tinha sete anos quando ouviu falar da lenda sobre a Imperatriz dos Etéreos e o seu reino, onde não existe sofrimento, não se passa frio e não é necessário comer, porque nunca se tem fome. Ao contrário das outras crianças, que podiam passar horas ouvindo sobre os mistérios deste lugar, Bipa não achava a menor graça e se irritava com Aer, um menino estranhamente atraído por esse mundo, onde – acredita – encontrará seu pai.
Feliz por viver segura no seu mundo nas Cavernas, Bipa era precocemente madura e
costumava a falar com uma franqueza tão escancarada que às vezes chegava a ser avassaladora. Já Aer era muito diferente, estava constantemente desaparecendo e voltando nos momentos mais inesperados, alheio cada vez mais à realidade. Por que o destino irá unir pessoas tão diferentes?
Achei outro poema que também recitei no concurso, mas vou postar uma outra hora, para não deixar o post muito grande. Em breve farei a review das peças da Le Carrousel!
Beijinhos a todos <3
Nenhum comentário:
Postar um comentário